Templo de Janus

Resolvi promover este blog a um templo de Janus,
Mas não há na memória da Nação tempo de paz maior!
Então que se fechem as portas do templo de Janus.

Casa Amarela

Malas prontas, pacotes despachados, logo mais as pessoas da casa Amarela vão em boa hora. Semana que vem terei mais um casal de amigos em Maceió e uma amiga em Sobral mas, olhando por outro lado, terei mais três amigos longe dos almoços de domingo! Novas pessoas estão a chegar, mas em janeiro este bairro estará cinza sem o amarelo daquela casa. Como será passar por lá e não gritar? Amigos deveriam ser simplesmente proibidos de ir morar longe!

Começo do fim

E Dezembro começou, o clima de Natal está em qualquer lugar, menos aqui!

Voltando a cozinhar

A menos de quinze dias de voltar pra casa abro a geladeira e percebo que existe mais comida sou capaz de comer! Minha geladeira está como a minha vida: cheia de coisas que junto na esperança de fazer aquele molho aos quatro queijos, um peixe congelado esperando o dia da moqueca,  as laranjas esperando coragem pra tentar mais uma vez fazer aquela geleia ou simplesmente uma fruta no congelador. 

Bem no Fundo

No fundo, no fundo,bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.

Paulo Leminsky

dedos sem aneis

Decidi parar de usar o meu anel preto!  O anel que sempre quiz usar por que achava bonitinho! Depois de passar vários meses querendo tal anel, em uma tarde de segunda-feira, a segunda-feira da semana da minha colação de grau, comprei o anel tão desejado! Depois da colação eu costumava dizer que aquele era meu verdadeiro anel de formatura, e assim realmente foi por um bom tempo. Até que ela retirou o anel da minha mão esquerda, me deu um beijo e me disse que existia um vaso sanguineo que levava o sangue do dedo anelar da mão esquerda ao coração, e que portanto, os aneis deviam ser usados naquela mão! Mas só os aneis que simbolizavam algum sentimento! 

E depois daquela noite o anel passou a ser mais que um anel bonitinho ou um anel de formatura, passou a ser também mais que um anel, posto que ela comprou um igual e nós dois passamos a usar na mão esqueda! E durante muitas noites as promessa se repetiram! Mas o tempo passa, destruindo tudo o que é frágil, e voltei a usar o anel solitariamente. Mas ainda na mão esqueda, como os aneis de formatura deviam ser usados!

Mas chegou um tempo em que relembrar o passado foi inevitável, e me dado saber que o dia que meu anel mudou de mão era uma lembrança minha, só minha. Não sei se da boca pra fora ou por maldade, tudo não passara de palavras de dois embriagados.

E o anel se tornou um simbolo meu, apenas meu. Um simbolo do momento em que a ausencia de rancor ou de maldade naquelas palavras ficou clara. Um simbolo de que o amor que vivi não passava de uma ilusão. Um simbolo de quão ridiculo me senti, de que devia evitar estas ilusões ridiculas, me manter em relacionamentos confortáveis em que as pessoas gostassem mais de mim do que eu delas.

Agora o anel está perdido no meu quarto, escondido no meio da bagunça.

Dá próxima vez que o vir o anel preto e  tudo que ele representa vão para o lixo ou para o esquecimento no fundo de uma gaveta que não abro!

Existe um copo de mar para cada homem viajar

Este final de semana fui na 29ª Bienal de Arte de vanguarda de São Paulo! Ainda não tenho palavras para descrever o que se passou diante dos meus olhos, mas foi muito bom! Alguns amigos foram comigo, rolaram discussões sobre o que é arte, rolou o estranhamento diante de cada obra! a primeira coisa que causou estranhamento foi o tema da Bienal. As vezes me sinto meio esquizofrenico em relação à arte: sempre tem alguém que me diz o significado das obras, e sempre alguma coisa completamente diferente do que estou pensando.

Mesmo nesse fim de mar
qualquer ilha se encontrava,
mesmo sem mar e sem fim,
mesmo sem terra e sem mim

Mesmo sem naus e sem rumos,
mesmo sem vagas e areias,
há sempre um copo de mar
para um homem navegar.

Mas infelizmente, hoje tive que acordar na vida real, voltar ao dia-a-dia! Uma ida não programada à cidade de São Paulo foi muito boa, mas essa sensação de não sou daqui e não vim pra ficar é muito boa quando tem um prazo de validade relativamente curto! Já tou de saco cheio dessa história e começei a contagem regressiva para o fim dessa etapa, mesmo que não faça ideia de qual será a próxima! Mas vamos um dia de cada vez!

Final de Semana

Acho que sou um cachorro sim
Acho que sou um cachorrim
Minha vida vai
Um ano contam sete
Rumo ao fim
Acho que ninguém tem dó de mim

Quase não me sobra tempo algum
Não conheço bem lugar nenhum
Fora do trabalho
Eu acho essa cidade
Tão ruim
Acho que ninguém tem dó de mim

Durante essa semana, no dia 8 de Novembro, o mundo comemorou mais um aniversário do raio-X, dizem as boas línguas que esta foi uma das descobertas físicas que mais rapidamente foi aplicada! Em menos de um ano até os militares que foram matar os rebeldes de Canudos possuíam tal tecnologia! As boas línguas contaram que isto está documentado no livro Os Sertões, quero um dia ler tal livro pra confirmar tal coisa!

Infelizmente, para comemorar esse dia tão notório, passei o dia numa sala de espera, e quando o médico me atendeu pediu que eu fosse tirar um raio-X do meu tórax! Felizmente, a 'chapa' saio rápido e minha doença diagnosticada. Segundo o médico estava com uma pneumonia atípica: cinco dias de bronquiodilatador, antibiótico de amplo espectro e antipirético. Já estou visivelmente melhor, apesar da insônia que persiste durante a noite e das cólicas durante o dia.

Nesse final de semana um amigo vegetariano vai chegar aprovado de um concurso na UFAL. Resta sabe em que colocação. É, as vezes eu consigo usar as palavras amigo e vegetariano juntas,  como eu nunca imaginei! Vamos fazer um churrasco pra comemorar, e vou poder esquecer que tive essa doença, que essa semana se passou e não fiz nada de útil!

P.S.: Pneumonia é o nome que damos a infecção do pulmão. Para ser mais preciso, a pneumonia é a infecção dos tecidos pulmonares e seus alvéolos.

Insônia

Mais um dia se passa em que dormir é algo muito esperado! Meu único momento de sono foi no avião, e verdade seja dita, dormir nestas condições é desagradável. Mas estou em casa mais uma vez, nada como uma eleição, em que espero que ganhe o menos ruim, pra antecipar minha visita. Esta só foi possível devido a uma promoção relâmpago. Ida e volta R$ 263,00; remorso por não ter votado não tem preço.
Ou tento voltar para a academia ou virar polifásico. O problema de ser polifásico é que tenho feito muitas atividades físicas e quero fazer mais. O problema de voltar a academia é o tédio de fazer os movimentos repetidos diariamente. Tou pensando em me preparar para correr um prova de 10km ou de 5km até o final do ano.

Vamos falar ainda mais sobre política?

Acredito que só teremos uma democracia plena quando tivermos o fortalecimento de algumas instituições fundamentais. A existência de educação pública gratuita é fundamental. Custa dinheiro? custa! Custa tempo? custa! Mas vejo que a finalidade de um estado democrático é assegurar o bem estar social da população e fortalecer as instituições democráticas.

Há alguns anos me filiei ao PPS, logo depois da participação de Ciro Gomes como candidato à Presidência. Hoje o partido mudou claramente suas propostas, sendo chamado de centro-direita, colocado entre o PFL/DEM e o PSDB. Historicamente, este partido foi formado pelos Comunistas e Socialista do PCB que 'evoluíram' e amadureceram sua forma de pensar e perceberam que na sua juventude era muito imaturos. Hoje eu me filiaria ao PSB por sua politica para ciência e tecnologia nacional,  um dos poucos que possuem um programa claro para esta área.

Vamos falar de política?

ou breves comentários sobre "Sobre meu pensamento, com uma pitada de educação", 

publicado no dia 12 de Outubro do ano da graça de 2010

Política é sempre um assunto desagradável de comentar, mas vamos aproveitar este período eleitoral e o debate em torno do segundo turno pra deixar claro o que pensamos sobre o tema.

Vamos começar com os dois grandes rótulos que estão quase sempre presentes: Esquerda ou Direita. A origem destes termo remota à assembleia da monarquia constitucional da revolução francesa. Os aristocratas ficavam a direita, enquanto os burgueses pela esquerda. Os marginais da sociedade, que buscavam representatividade, ficavam no lado sinistro.  

Liberté, Egalité, Fraternité são palavras muito bonitas, um verdadeiro ideal! Mas, igualdade para pessoas que nasceram em condições desiguais é muito incomodo, é quase uma ofensa ao ideal de igualdade. Acredito que aos desiguais devemos oferecer um tratamento desigual para tentar  reduzir as desigualdades existentes.

Pessoalmente, sempre tive problemas para enquadrar-me nestes rótulos. Por outro lado, quando falava em prioridade para a saúde e educação públicas  me classificavam como um comunista de extrema esquerda. Outra coisa que sempre falo é sobre investimento em ciência e tecnologia, afinal esse é meu trabalho (ou vai ser um dia quem sabe ).

A demanda por educação pública de qualidade é uma necessidade clara de qualquer sociedade que almeje viver uma democracia plena.  É claro que Educação custa dinheiro e muito, claro que investimentos em Ciência podem ser substituídos por importação de Tecnologias prontas; mas a questão que devia ser considerada a priori é: qual o projeto de país que queremos.

Garantir Educação Gratuita de qualidade é um dos principais papeis do Estado! Assim como segurança e outros serviços essenciais como saúde pública, segurança pública também o são! Todos podem ser encarados como mercadoria, todos podem ser vendidos! Poderiámos dizer todos estes serviços são graves problemas para os mais pobres: afinal eles não possuem condições de pagar por tais mercadorias.

Usando a metáfora de Jostein Gaarder, queria permanecer no alto dos pelos do Coelho o máximo de tempo possível para poder admirar o Universo que me cerca com a pureza de olhar de uma criança. Quero poder continuar sem amadurecer, sem mudar minha visão de mundo sobre alguns temas básicos. Há muita opinião tão fixas que fazem parte de minha personalidade. 

Essa visão na qual o mundo segue uma linha de aprimoramento é tão questionável quanto uma visão linear da História em que a Humanidade vai evoluindo com o passar do Tempo. As pessoas e todas as construções humanas, como partidos políticos, religião etc, mudam com o passar do tempo. Prefiro a visão biológica da evolução: qualquer mudança é uma evolução. Se tal evolução é melhor ou é pior,  só é definida por um juízo de valor, sobre qual a finalidade de tal evolução.

Tenho ƒé na radicalidade democrática. A ditadura militar foi planejada para limpar a sociedade de ameaças à democracia. Se esta limpeza foi uma coisa boa ou não cabe a um julgamento pessoal. As pessoas que estavam sujando a sociedade certamente dirão que não foi bom. Defendo a Democracia, mesmo a democracia débil em que vivemos, por que nesta forma de governo eu posso dizer o que acredito ser a melhor coisa para o país! 

E assim foi feito

Os problemas indesejáveis foram resolvidos: neste sábado, o hospede avisou que havia encontrado outra casa para morar e se foi. A casa está mais vazia, mais tranquila: não escuto mais o despertado alheio pra me acordar! Em resumo, felicidade e paz.
Preciso parar de falar mal dele, não que eu queira manter algum contato, mas é desagradável ficar a reclamar sobre algo que já não faz sentido. O ideal seria esquecer e perdoar, mas não sou tão bom assim.
Leozinho fez mais uns comentários políticos no seu blog, pegarei gancho e escreverei o que penso em breve!

Resolvendo problemas indesejáveis

            Se alguem leu meu último post, deve ter percebido que naquele momento estava completamente irritado, prometi um post sobre a causa principal de minha irritação, mas o bom senso mostrou que o mehor era esquecer tal promessa, que o melhor era esperar e agir com calma. Foi o que fiz: esperei dois dias e acredito que fiz o mehor a ser feito.

            Dividir espaços é uma tarefa difícil, dificíl mesmo! Mas fica insuportável quando vc é obrigado a tratar com pessoas que simplesmente não lhe escutam. Fica pior ainda quando as pessoas decidem que se concordarem com vc estará tudo bem, sem concordar. Se alguem se dá o trabalho de reclamar de algo é por uma simples razão: essa coisa esta a incomodar a ponto da pessoa sair do seu estado de tranquilidade e falar pra outra pessoa:--"Desculpa, isto está incomodando".

            Algumas coisa são realmente sagradas. Entre estas coisas estão o diálogo sincero. Pode até ser que eu reclame demais, mas qualquer pessoa sabe que falo o que estou pensando, muitas vezes desnecessariamente. Não consigo ficar calado. Algumas vezes me chama de sarcastico ou desagradável. Mas a verdade é que sou estúpido demais para ser sarcastico, só estou reclamando alto o tempo todo. Posse dizer que não tenho muitos amigos, mas sei que os meus poucos amigos são extremamente sinceros.

            Entre as coisas que não são sagradas, mas mesmo assim muito importante, está o silencio. Preciso de algumas doses diárias de silencio. Quase todo dia acordo com um leve mal humor, principalmente quando não durmo bem. Sou sonambulo, tenho difiilcudades para dormir: mal humor matinal é quase uma constante na minha vida.

Preciso de quase uma hora para estar apto a viver em sociedade. Até um bom dia é dificil. Nos últimos dez anos minha aulas eram a vinte quilometros da minha casa; o tempo do onibus mais o tempo que eu ficava andando dentro de casa eram mais que suficiente para que eu fosse uma pessoa tolerável.

            Há sete meses saí da casa dos meus pais e fui obrigado a dividir casa com alguns amigos. Escolhi cuidadosamente as pessoas que dividiriam casa comigo. inicialmente, queria uma casa com apenas dois quartos, mas as imobiliarias me obrigaram a pegar uma casa com tres quartos. Até aí tudo bem, afinal é mais gente dentro de casa, mas gente para dividir as contas. Por outro lado aparece um problema é mais dificil cobrar das pessoas qualquer coisa: afinal vc não sabe quem é o responsável pelo problema.

             A pouco mais de um mes, outro amigo falou que viria para a mesma cidade onde moro. Um moradores originais estava para se mudar dentro de um mes: nada mais natural receber o quarto morador enquanto a mudança não ocorria. E assim foi feito. Estavamos em três e passamos a estar em quatro. Quatro pessoa para apenas um banheiro. Inevitávelmente problemas de horário surgiram, mas nada que não fosse contornado com um pouco de paciencia.

            Infelizmente, este não foi o único problema que surgiu: com uma pessoa a mais a casa passou a ficar suja muito mais rápido. Fácil de resolver: o novo morador também poderia participar da rotina de limpeza. Mas ele não quiz. Não quiz limpar, nem pagar uma pessoa para limpar. A casa era fácil demais de limpar, não valia a pena pagar alguem pra fazer uma faxina, mas a casa não era limpa.

            O novo ser na casa possuia um horário de sono um pouco incomum: acordar ao meio dia, mas ficar até as tres da madrugada no telefone. Mas, como ele não possui quarto resolveu usar a frente da casa. No silencio da noite os sons se propagam muito mais facilmente. E assim fui obrigado a ficar acordado até mais tarde, ouvindo as ligações intermináveis. Avisos multiplos foram enviados, mas sempre recebiam um "tudo bem, vc tem razão" seguido de outros telefonemas altos na noite seguinte. Além de atrapalhar meu sono, havia a questão de segurança: qualquer pessoa pode pular o muro da casa, qualquer pessoa notava que havia uma pessoa no exterior da casa rotineiramente. Duas vezes foram vistas pessoas rondando a casa. Nesta cidade, casa de estudante são frequentemente asslatadas: entram, amarram as pessoas e levam os computadores. Rápido e lucrativo. Sem falar nas portas quase sempre abertas.

            Mais de um mes se passou, dia após dia, em que era preciso reclamar e não havia mudança de habitos. Pedi que outros reclamassem, mas também não surtiu efeito algum. O cara passou a se sentir tão em casa que nem mais errado achava seus telefonemas na madrugada. Ele precisava falar, falar e falar. Falar sobre os comentários que havia feito em blogs de amigos, falar com a mãe, falar com a namorada, falar. E eu sendo obrigado a ouvir tais ligações enquanto não consiguia dormir.

            Mas a gota d'água veio este final de semana, já era madrugada da segunda, fui convidade mais uma vez a ouvir suas opiniões, em um telefonema para não sei quem, sobre cinco temas: minha mania de segurança, minha mania de limpeza, sobre o fato de eu ainda ser fumante, sobre minhas plantas e sobre minha arrogancia.

            Minha mania de limpeza e segurança nada mais é do que foi combinado com as pessoas que moram comigo, não posso aceitar que alguem chegue e queira mudar a rotina da casa: retirar as faxinas e deixar as portas abertas. Meus cigarro e minhas plantas são problemas unicamente meus, o cigarro tudo bem incomoda, mas como uma planta pode incomodar alguem? Não aceito ser classificado como um cara do tipo que cuida de florzinha em vasos. Nem sei que tipo de ofensa isso possa representar. Dizer que estou humilde depois que ele passou a participar do aluguel é no mínimo leviano: se não era capaz de aceitar a gentileza de ficar um mes sempagar aluguel que falasse. Setenta e cinco reais a menos no minha parte do aluguel iam mudar meu comprtamento? Parei de reclamar porque já estava cansado de repetir a mesma ladainha, já estava pedindo as pessoas da casa que reclamassem. Porque eu já estava a falar em convidar o hospede a procurar outro lugar

            O tipo de problema que é desejável é aquele que só depende de você para ser resolvido. Qualquer problema que envolva outras pessoas é muito mais desagrável. Depois da descrição de minha personalidade, que ouvi com muita curiosidade pra ser sincero, achei melhor resolver da forma mais eficiente estes problemas.

A forma mais direta, na verdade a única que vejo, foi pedir que o novato procurasse outro lugar para morar. Um mes foi o prazo dado para que ele encontrasse outro lugar: um aviso prévio adequado, independente de viagens e provas. Não sou obrigado a viver com ele, e se ele não está feliz aqui que procure outro lugar. Consegui falar o necessario de forma muito educada. Num dos telefonemas que me tirou o sono ouvi que ele estava a pensar em fazer isso mesmo, passar no máximo mais um mes aqui, agora pelo menos está tudo claro. A certeza da mudança já me dá um pouco mais de tranquilidade de vida, pelo menos por enquanto.

PS: amanha passo o corretor, preciso dormir pois esta postagem foi maior do que esperava e ainda falta reler

Sobre um idiota em especial

Acabei de escrever uma postagem cheia de raiva sobre alguém que me incomoda muito ultimamente.
Por bom senso, publica-la-ei amanha. Só quero registrar minha raiva. Segundo minha mãe vou atingir a iluminação se conseguir suportar isso, só ela sabe o quanto isso me irrita.

joão e o pé de feijão

    Quem nunca plantou um pé de feijão um chumaço de algodão que  me atire a primeira pedra! Piada cristã a parte, continuo tentando cuidar de algumas plantas; a palmeira já não exibe aquela exuberância de outrora mas sobrevive! Durante este seco inverno que acomete essa parte do Brasil pensei várias vezes que minhas plantas não fossem viver mais que uma semana.

    A roseira foi comprada para resistir ao frio, mas foi a que mais sofreu com a falta d'água, mês passado foi preciso colocar água duas vezes ao dia para que ela não morresse; no dia que estive com febre esqueci da pobre planta e suas folhas e flores caíram todas. 

   Comprei uma pteridófita semelhante a que tenho em casa desde sempre, acho que minha primeira lembrança sobre plantas traz essa avenca numa caqueira protegida do excesso de sol; bateu o momento nostalgia e não pude deixar de comprar, qualquer dia trago uma mudinha de casa pra casa. 

   A outra é a popularmente conhecida 'Comigo Nínguem Pode', com suas folhagens verdes ornamentais possui um poderoso veneno que não sei ao certo quão poderoso é! Existem uma série de lendas na internet sobre tal veneno, dizem alguns sítios nada confiáveis que os índios da amazónia utilizavam a seiva do seu caule para envenenar suas vítimas. Outro que me parecia ser mais confiável dizia que essa planta é originaria da América Central. Outro diz que ela espanta maus olhados da casa. Comprei por que é bonita mesmo, se proteger minha casa tudo bem e se eu quiser envenenar alguém já sei como fazer.

    Finalmente, mas não menos fútil, há meu pé de cenoura que foi para a terra num vaso pequeno. Na verdade, este é meu terceiro pé de cenoura, os outros dois morreram quando fui para casa. Na primeira vez o otário ficou preocupado com a falta d'água e matou me pé de manjericão afogado, desta vez só a cenoura quem morreu.

    Mudando completamente de assunto, queria registrar neste blog que não possui leitores, que segunda próxima Alan vai defender sua Dissertação de Mestrado. Alan é figura carimbada e não conheço alguém que não goste dele, vale a pena o sacrifício de ir para aquela cidade ver sua apresentação. 

    Hoje pena manhã, descobri meu primeiro cabelo branco, e infelizmente ele estava com raiz e tudo na minha cabeça. Preferia não saber como os meus cabelos iam ficar brancos. Agora sei que meus cabelos vão embranquecer, como os do meu pai, a partir da orelha. Nunca mais vou poder chamar ele de sagui!

entrando nos eixos

minha quinta-feira foi como o esperado, além de todas as coisas que queria fazer ainda fui na musculação. Depois do show ficamos a falar sobre futebol pernambucano com o pessoal da banda!
Já devia estar a dormir, mas preciso lembrar deste blog nos dias felizes e esta semana foi uma das melhores aqui nessa cidade!

de volta à rotina

Depois de quase quinze dia de férias forçadas por uma bronquite alérgica, amanhã tentarei voltar a minha rotina. Não vejo a hora de voltar as minhas atividades para vagabundo, além de voltar a estudar de verdade. Amanhã tem apresentação de Eddie aqui perto de casa, vai ser o quarto show deles que vejo este ano. Já nem gosto tanto deles como gostava a oito meses atrás, mas ainda gosto o bastante para ver qualquer show.
Hoje foi o dia das coisas desagradáveis: pratos sujos, casa sujo, minha faça de aço carbono indo pro lixo porque alguém deixou dentro da pia, trocar os sacos dos lixeiros que estavam a criar chorume. A melhor coisa do dia foi ver que o feijão que preparei ficou comível, muito melhor que o feijão a alho e óleo que comem por aqui.
Mas Amanhã vai ser outro dia, vou pra minha aula de tenis, pagar a academia, fazer minha aulinha de dança de salão e embriagar-me no show. O que preciso é uma noite de sono sem serviço de bordo, sem preocupação com mala e sem esperar por nada, amanhã terei o mínimo de bom humor, porque hoje não dá não!

vida nova

Esse mês iniciou-se um novo período na minha vida: musculação, dança de salão e ténis.

o inevitável

É necessário dizer a vida polifásica não deu certo? Até que me adaptei bem ao esquema de sono, mas depois de duas semanas senti falta de alguns prazeres que me eram cotidianos. Como não sentir falta de ficar até tarde falando potoca com os amigos, beber alguns litros de cerveja e esquecer qualquer programação idealizada! Como hoje senti falta de escrever neste lugar público, mas que nínguem vai olhar! Isso é o que motiva a escrever aqui. Preciso lembrar-me  o valor deste lugar,  moeda perdida na rua ...

Diário do Sono: Sexto Dia

Hoje é o sexto dia na tentativa de retomar ao sono polifásico.

Sim, retomar porque quando criança todos nós já utilizamos isto quando erámos crianças e por algum motivo evolutivos passamos a dormir uma única vez ao dia.

Os principais efeitos adversos que senti nessa adaptação foram a dificuldade para me concentrar em tarefas simples e cotidianas: deixei a chave no portão de casa quando fui na universidade, deixei uma caixa de fósforos dentro do forno quando fui esquentar uma pizza; e um pouco de cansaço.

A noite estou fazendo serviço domestico, cozinhar e lavar pratos.

Infelizmente meu cartão de banco foi bloqueado por motivos de segurança e não vou poder comprar ingredientes para fazer besteiras a noite.

Hoje eu tive dificuldades ao acordar e passei duas horas a mais durmindo, acreditei que isso seria o fim da investida polifásica, mas surpreendentemente senti solo nas horas programadas, nem parecia que havia acordado a duas horas, fiquei muito feliz com essa adaptação tão rápida.

Jå programei o despertador para tocar na hora certa durante os próximos dias.

Agora vou para meu segundo cochilo do dia, até mais.

P.S.: Já estou de férias na universidade, fora meu projeto de pesquisa de doutorado, não há nada que me obrigue a tomar esse estilo de vida além de mim mesmo.

Aceitando o inevitável

Em plena semana de provas, depois de assisti a mais um jogo do Brasil quando devia estar estudando, decidi aceitar que sou estranho e que adoro procastinar o inevitável. Sim, eu tenho uma percepção não realística sobre o tempo e que preciso me reorganizar melhor. Acabei de fazer um planejamento para o meu dia e vou seguir a rotina de sono indicada na figura acima. Serão apenas 4 horas de sono nos próximos dias, espero me adaptar melhor do que da última vez que tentei viver assim. Dessa forma, meus horários de sono serão:

•   3:00 h     a soneca longa até                    6:00 h
• 12:00 h     a primeira soneca curta até     12:20 h
• 18:20 h     a segunda soneca curta até    18:40 h
•   0:40 h     a terceira soneca curta até        1:00 h

  
As refeições serão realizadas após os cochilos, pois sempre me sinto muito cansado depois que como, principalmente quando como mais do que deveria.
Espero que essa rotina maluca me ajude a lidar melhor com o planejamento do meu tempo! Sei também que existem coisas por fazer suficiente para me deixar acordado.
Vou instalar algum jogo viciante no meu primeiro macbook que chegou a menos de uma semana, caso eu comece a querer muito dormir, tenho certeza que vai ser útil.
Vale a pena ressaltar que talvez o sucesso não seja obtido nessa tarefa inglória, pois preciso passar muito tempo escrevendo, lendo e estudando.  Para evitar o cansaço inicio agora uma nova fase frugal na minha vida. Sei que isso é estranho, mas não vai me tornar mais estranho do que sempre fui. Me desejem sorte e que assim seja.

Quantum Zeno Effect

por que diabos tu precisava me mostrar a cada instante que eu não
seria capaz de passar um dia ao teu lado? Por que quebrar a
unitariedade da evolução temporal medindo a cada instante a nossa
situação? Por que inibir a transição tentando determinar o momento em
que ela ia ocorrer? Tu fizeste questão de me mostrar que não eramos
nós, só eu e tu. Não espere mais que isso.

Escrevi no meu caderno, não passei a vida à toa

Dia agradável ao lado de alguns amigos que se aventuraram a comer o
filé de merluza ao molho de coco que resolvi fazer pela primeira vez
na vida. Acho que ficou gostoso e apresentável. Tentarcozinhar mais
vezes.

Mais um sábado!

Essa foi mais uma semana que perdi completamente dentro do meu mundinho. Comprei um guarda roupas e tive que esperar um dia inteiro pela entrega, finalmente entregraram mas, não montaram! Nem sei quando vão montar, espero que hoje, quando entregarem o outro me digam alguma coisa, nem que seja um não vamos montar. As vezes me surprendo como isso acontece muito comigo. Deve ser pq não me dou bem com esperar, sempre incomoda muito. A pior coisa q alguem pode fazer comigo é combinar alguma coisa e não fazer. Nunca tiva habilidade social pra saber quando um 'te ligo essa semana' é apenas um até logo. Nunca sei quando um 'a gente almoça junto' é um até mais. Sempre fico esperando, e esperar dói. Mas sigo meu mundinho e depois de um certo aprendo a não mais esperar, não mais acreditar.

Queria seguir com meus amigos enquanto for agradável estar ao seu lado, enquanto o tempo permitir, sem posses e sem cobranças. Mas não sou tão bom assim e resolvi aceitar que sou muito egoísta. Resolvi aceitar que gosto de maltratar meus amigos que estão por perto pelo mesmo motivo que comprei a palmeira, sou mais feliz por isso.

Coisas vivas?

Quinta a noite, depois que contei a Maria que o dia do meu aniversário foi muito bom: comi sushi, fiz prova de eletrodinâmica e comprei uma mini palmeira; fui pego de surpresa por uma pergunta muito profunda.
Depois de toda minha reclamação sobre meu primeiro aniversário longe de casa, Maria me perguntou o porquê da palmeira, se eu precisava cuidar de algo vivo.
Na hora disse que não, mas hoje sei que sempre necessitei de coisas vivas. Hoje aceito que o motivo das coisas vivas é o mesmo que me levou a odiar aniversários, a escrever este blog e a ter sempre comigo uma bic verde. Por enquanto aceitar o motivo é suficiente, mas um dia tomo coragem e falo sobre ele.

P.S.: essa foto logo abaixo é a minha palmeira (L)!

Sobre estes dias frios

Claudio sempre me pergunta se tou sofrendo com a mudança. Sei que vivo reclamando, mas isso não é sofrimento, é apenas um mau hábito. Sinto falta das pessoas, da comida, do ceu azul e da minha rotina. Mas quem quer manter contato comigo mantêm! Comida e rotina são besteira já tou me acostumando aos poucos. O que me enche de saudades é o céu azul, nestes dias frios sinto falta da profusão de cores de Recife. Mas cada escolha tem suas consequencias, qualquer dia paro de reclamar.

Inferno Astral

Todo ano é a mesma coisa, sempre que vai chegando perto do meu aniversário tenho uma crise de procastinação! Esse ano não podia ser diferente, mas está mais tranquilo, talvez esteja aprendendo com o tempo. Talvez compre um abridor de garrafas, uma taça e abra o vinho chileno que comprei por impulso, mas que na hora parecia a melhor oferta do mundo, uma oportunidade que não poderia passar pela minha vida sem ser desfrutada.  Pelo menos não comprei o Gato Preto por nostalgia; quem sabe  o tempo ainda há de ensinar a não querer tudo que vejo.

Não deixar a poesia morrer

Não deixar morrer a poesia... Mas poesia não são só palavras, ou repetir palavras. A poesia tem de estar em nós, em nossas ações. Significa que não fomos contaminados pela mesmice e pelo hábito. Significa que o tempo não tirou de nós o brilho no olhar...   Significa ainda olharmos aquilo que outrora nos fascinava com os mesmos olhos da primeira vez.  É a poesia em nós que nos torna únicos...  

Muitos grandes amigos deixaram a poesia morrer... Não se enxergaram fazendo algo grande... Sentiram-se mais um... Mas é justamente assim que grandes homens e mulheres se tornam mais um... Grandes estrelas que se apagam...

Então, nunca deixe a poesia morrer...  

Mais uma tentativa!

A partir da semana que vem, mais uma tenativa de criar esta coisa!

DURANTE A QUEDA

Durante a queda esqueci o porquê de haver pulado do trigésimo quinto andar do edifício da previdência Social. Eu estava desempregado? Estava. Contudo, há milhões de desempregados pelo país a fora, mas só eu estava caindo. Falhara em conquistar o amor de Hilda? Falhara. Há milhões de malsucedidos no amor, mas só eu caía. Por mais que se esforçasse não conseguia me lembrar, por que eu pulara. Apelei para os Céus: Por queeeeeeeeeeeeeeeeeeeeê? E a queda transformou meu apelo num horrendo grito. A pergunta e a angústia, portanto, continuavam, como eu, no ar.
Por muito pouco. Porque o tempo nos impõe mais limites que o desespero, a falta de dinheiro ou o desejo. E na queda, como na vida, o tempo se esgota antes da resposta.

P.S.: Não lembro o cara que escreveu esse texto. Quando eu lembrar eu coloco aqui!

Alea jacta Est

Pra começar dizer que odeio computadores, mesmo sabendo usá-los...
Não sei escrever corretamente, por isso vou tentar mais uma vez...
Decidi escrever aqui semanalmente, e acho que agora eu vou cumprir essa promessa.
Esse não será um lugar agradável como o http://aclarameninaclara.blogspot.com/, mas talvez tenha alguma coisa interessante pra dizer. No maior clichê, teremos sempre uma poesia no final de cada post.

Noite morta (Manoel Bandeira)


Noite morta.
Junto ao poste de iluminação
Os sapos engolem mosquitos.


Ninguém passa na estrada.
Nem um bêbado.


No entanto há seguramente por ela uma procissão de sombras.
Sombras de todos os que passaram.
Os que ainda vivem e os que já morreram.


O córrego chora.
A voz da noite . . .


(Não desta noite, mas de outra maior.)


Petrópolis, 1921