segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Templo de Janus

Resolvi promover este blog a um templo de Janus,
Mas não há na memória da Nação tempo de paz maior!
Então que se fechem as portas do templo de Janus.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Casa Amarela

Malas prontas, pacotes despachados, logo mais as pessoas da casa Amarela vão em boa hora. Semana que vem terei mais um casal de amigos em Maceió e uma amiga em Sobral mas, olhando por outro lado, terei mais três amigos longe dos almoços de domingo! Novas pessoas estão a chegar, mas em janeiro este bairro estará cinza sem o amarelo daquela casa. Como será passar por lá e não gritar? Amigos deveriam ser simplesmente proibidos de ir morar longe!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Começo do fim

E Dezembro começou, o clima de Natal está em qualquer lugar, menos aqui!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Voltando a cozinhar

A menos de quinze dias de voltar pra casa abro a geladeira e percebo que existe mais comida sou capaz de comer! Minha geladeira está como a minha vida: cheia de coisas que junto na esperança de fazer aquele molho aos quatro queijos, um peixe congelado esperando o dia da moqueca,  as laranjas esperando coragem pra tentar mais uma vez fazer aquela geleia ou simplesmente uma fruta no congelador. 


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Bem no Fundo

No fundo, no fundo,bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja que olhas pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.

Paulo Leminsky

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

dedos sem aneis

Decidi parar de usar o meu anel preto!  O anel que sempre quiz usar por que achava bonitinho! Depois de passar vários meses querendo tal anel, em uma tarde de segunda-feira, a segunda-feira da semana da minha colação de grau, comprei o anel tão desejado! Depois da colação eu costumava dizer que aquele era meu verdadeiro anel de formatura, e assim realmente foi por um bom tempo. Até que ela retirou o anel da minha mão esquerda, me deu um beijo e me disse que existia um vaso sanguineo que levava o sangue do dedo anelar da mão esquerda ao coração, e que portanto, os aneis deviam ser usados naquela mão! Mas só os aneis que simbolizavam algum sentimento! 

E depois daquela noite o anel passou a ser mais que um anel bonitinho ou um anel de formatura, passou a ser também mais que um anel, posto que ela comprou um igual e nós dois passamos a usar na mão esqueda! E durante muitas noites as promessa se repetiram! Mas o tempo passa, destruindo tudo o que é frágil, e voltei a usar o anel solitariamente. Mas ainda na mão esqueda, como os aneis de formatura deviam ser usados!

Mas chegou um tempo em que relembrar o passado foi inevitável, e me dado saber que o dia que meu anel mudou de mão era uma lembrança minha, só minha. Não sei se da boca pra fora ou por maldade, tudo não passara de palavras de dois embriagados.

E o anel se tornou um simbolo meu, apenas meu. Um simbolo do momento em que a ausencia de rancor ou de maldade naquelas palavras ficou clara. Um simbolo de que o amor que vivi não passava de uma ilusão. Um simbolo de quão ridiculo me senti, de que devia evitar estas ilusões ridiculas, me manter em relacionamentos confortáveis em que as pessoas gostassem mais de mim do que eu delas.

Agora o anel está perdido no meu quarto, escondido no meio da bagunça.

Dá próxima vez que o vir o anel preto e  tudo que ele representa vão para o lixo ou para o esquecimento no fundo de uma gaveta que não abro!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Existe um copo de mar para cada homem viajar

Este final de semana fui na 29ª Bienal de Arte de vanguarda de São Paulo! Ainda não tenho palavras para descrever o que se passou diante dos meus olhos, mas foi muito bom! Alguns amigos foram comigo, rolaram discussões sobre o que é arte, rolou o estranhamento diante de cada obra! a primeira coisa que causou estranhamento foi o tema da Bienal. As vezes me sinto meio esquizofrenico em relação à arte: sempre tem alguém que me diz o significado das obras, e sempre alguma coisa completamente diferente do que estou pensando.

Mesmo nesse fim de mar
qualquer ilha se encontrava,
mesmo sem mar e sem fim,
mesmo sem terra e sem mim

Mesmo sem naus e sem rumos,
mesmo sem vagas e areias,
há sempre um copo de mar
para um homem navegar.


Mas infelizmente, hoje tive que acordar na vida real, voltar ao dia-a-dia! Uma ida não programada à cidade de São Paulo foi muito boa, mas essa sensação de não sou daqui e não vim pra ficar é muito boa quando tem um prazo de validade relativamente curto! Já tou de saco cheio dessa história e começei a contagem regressiva para o fim dessa etapa, mesmo que não faça ideia de qual será a próxima! Mas vamos um dia de cada vez!